quinta-feira, 29 de março de 2012

A permanência da crítica ou Coleguismo, doença infantil do Movimento Estudantil (ME)

*Texto redigido pela OCC – Oposição Classista e Combativa ao DCE UFC – Universidade Federal do Ceará.
Qualquer militante sabe que a crítica política faz parte da luta prática, sendo um momento importante desta. E que toda boa crítica aponta para algum lugar, possui propostas. A permanência da crítica é então necessária para a permanência da luta. Seja essa crítica a que fazemos a nossos inimigos, seja a que fazemos a nós mesmos (autocrítica), seja a que fazemos aos demais companheiros de outras tendências políticas. Contudo, esta última vem sendo mal compreendida por alguns setores do ME.

Alguns companheiros têm reagido de maneira quase histérica às críticas políticas. Isso é preocupante, pois demonstra certa incapacidade de lidar com opiniões diferentes e revela um certo infantilismo, até por companheiros já experientes no ME. Esses companheiros tendem a levar a crítica política para o lado pessoal e na maioria das vezes as rebatem não com outra crítica política, mas com uma auto-defesa sentimentalista e personalista, que desvia o foco da crítica para os indivíduos de um grupo, ao invés de entendê-la como uma crítica as propostas, bandeiras e métodos usados pelo grupo.
A má compreensão da crítica é geralmente seguida de um apelo a que não façam mais essas “coisas”, que “isso é feio”, pois acabaria impossibilitando uma unidade nas lutas. O que essa atitude acaba criando é na verdade um ambiente de “coleguismo” a-crítico e despolitizado, que nada favorece a uma real unidade nas lutas. Unidade esta que deve ser construída a partir de bandeiras e programas e não por mera simpatia.

A esta incapacidade de lidar com maturidade com a necessária crítica política e de negar sua importância, damos o nome de coleguismo. O coleguismo nasce da pequena política (politicagem) e se constitui quase que numa troca de favores, que segue o seguinte raciocínio: você não me critica e eu não critico você. As conseqüências dessa atitude são danosas para o ME, criando um ambiente amorfo, carente de debate político e desprovido de senso crítico. É por isso que o coleguismo além de infantil é uma doença.

Entender as críticas e rebatê-las no nível político é a única maneira de combater essa doença infantil do ME. Pois num movimento onde as críticas são sempre má recebidas e se prefere viver sem elas, estão comprometidos os alicerces de uma verdadeira democracia de base e conseqüentemente o ME fica desprovido do exercício da crítica, tão fundamental para encaminhar luta.

sábado, 24 de março de 2012

Programações da Semana Nacional Classista e Combativa.

Com o objetivo de resgatar e aplicar o verdadeiro significado do dia dos estudantes, a RECC - Rede Estudantil Classista e Combativa está construindo em diversos locais do Brasil atividades de agitação, propaganda e organização.


Segue abaixo os cartazes de divulgação da Semana Nacional Classista e Combativa em algumas cidades.

Marília (São Paulo)
De 26 a 30 de Março na UNESP - Universidade Estadual Paulista



Salvador (Bahia)
De 26 a 28 de Março na UCSal - Universidade Católica do Salvador.




Goiânia (Goiás)
Dias 27 e 28 de Março na UFG - Universidade Federal de Goiás.


E no IFG - Instituto Federal de Goiás


Fortaleza (Ceará)
de 28 a 30 de Março na UFC - Universidade Federal do Ceará e na UECE - Universidade Estadual do Ceará.



Brasília (Distrito Federal)
Dia 28/03 na Escola Técnica de Brasíla e Dia 30/03 na Escola "CENTRÃO".



AVANÇA O MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO!!!

RELEMBRAR É PRECISO!!!

Semana Nacional
Classista embativa
Em memória e justiça aos mortos pela ditadura!
Não esquecemos nem perdoamos!
O companheiro Edson Luís vive!











terça-feira, 20 de março de 2012

As Faculdades e Universidades Pagas no contexto da Educação Neoliberal

* Artigo escrito ao Avante! pela OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente ao DCE-UCSal


Com a crise do capitalismo dos anos 70, houve a necessidade do capital se reorientar para dar continuidade de forma mais eficiente ao seu projeto de acumulação e exploração. No que se refere à organização do trabalho, surgiu o sistema de produção flexível, o toyotismo e na escala macroeconômica o neoliberalismo e sua liberdade econômica. Ambas as modificações nas relações no seio da sociedade geraram enormes prejuízos à classe trabalhadora. É nesse contexto da reestruturação produtiva que ocorre um crescimento demasiado de faculdades pagas no Brasil. A grande maioria dos estudantes do ensino superior brasileiro, estão dentro das faculdades e universidades pagas. Tal fato comprova que o sistema educacional, expressa uma grande contradição: Uma contradição de classes! De fato, a maior parte dos estudantes do ensino básico estudam nas escolas públicas em condições precárias. As melhores escolas desta modalidade de ensino são as particulares. Contudo, no que se refere ao ensino superior, esta lógica se inverte. Os estudantes oriundos das escolas públicas pagam para estudar nas Instituições privadas, com qualidade contestada, sendo que as Universidades públicas continuam restritas há um grupo de privilegiados.



Esta consideração inicial foi para dizer que os estudantes filhos da classe trabalhadora lotam as faculdades pagas. Mas qual é a real condição das Pagas no contexto do neoliberalismo? Desde a ditadura civil-militar, os estudantes das Universidades pagas do tipo confessional/filantrópica, lutavam, por uma educação de qualidade. A perspectiva classista de aliança com a comunidade destas instituições – estudantes, professores e servidores – deixou de legado uma cultura política, a qual se manifestou na existência de um movimento estudantil contestador, protagonista na construção de uma nova Universidade. Contudo, o que se vê hoje nestes espaços após a chegada do PT ao poder, é um ME aparelhado por uma política parlamentarista, de cunho governista cuja centralidade de sua atuação não está na luta dos estudantes e sim nas disputas de espaços burocráticos visando à manutenção do projeto hegemônico. Por outro lado, com o processo de expansão das Faculdades pagas no contexto do neoliberalismo, os estudantes destas instituições sofrem diversos ataques no âmbito educacional, assim como no mundo do trabalho, visto que grande parte dos estudantes das pagas também é trabalhador. Como suas faculdades surgiram no bojo do processo neoliberal, com concepção mercadológica, totalmente voltada para o mercado, não se esboçou uma cultura política que fizesse frente à situação em que a educação se encontra: tornada mercadoria.



Sem organização ficamos refém do oportunismo. É preciso fazer um processo de formação política numa perspectiva classista junto à comunidade dessas faculdades. Construir um movimento estudantil combativo e independente por uma educação de qualidade a serviço da classe trabalhadora.





AVANTE MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO!!!



Contato: oposição.eci@gmail.com

domingo, 18 de março de 2012

MOVIMENTO ESTUDANTIL: HISTÓRIA E CONCEPÇÃO

Comunicado Nacional nº9 da RECC: Movimento Estudantil: História e Concepção de Classe, em homenagem ao dia do estudante, dia 28 de março, data do assassinato do estudante Edson Luiz pela Ditadura Civil-Militar (1964-1989).

MOVIMENTO ESTUDANTIL: HISTÓRIA E CONCEPÇÃO

 
O Movimento Estudantil (ME) esteve, sobretudo nas décadas de 60 e 70, à frente das principais lutas protagonizadas no Brasil. De lá para cá, muito mudou. Entre repressão militar e cooptação pelo governo, o resultado hoje é o estado de desorganização e desmobilização política por parte dos estudantes. É preciso reverter este quadro, e voltarmos a exercer um papel central na luta por uma educação de qualidade ao povo e contra as injustiças de classe. Um bom começo para isto é resgatarmos a história de lutas estudantis do passado. A partir daí, observar criticamente a realidade atual e traçar perspectivas de reorganização.

O Movimento Estudantil (ME) nas décadas de 60 e 70

Apesar de titubeante entre setores liberais antipopulares e a esquerda desde seu nascimento em 1937, UNE (União Nacional dos Estudantes) esteve na vanguarda das lutas deste período. Aproveitando o fato de manter uma organização independente do Estado antes do golpe militar de 64, as organizações estudantis se tornaram as principais forças que iniciaram as reações contra a ditadura. Inicialmente, a motivação da luta foi contra a chamada “Lei Suplicy”, que na prática retirava a autonomia da UNE e instituía uma estrutura de “movimento” controlada pelo regime militar.
A partir dai, entre o ano de 1965 e início da década de 70, a UNE toma claramente uma direção combativa. Influenciada por organizações como a AP (Ação Popular), ALN (Ação Libertadora Nacional), VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e dissidências do PCB (Partido Comunista Brasileiro), a UNE, passando por um período ímpar em sua história, se orienta por uma luta revolucionária ao lado dos trabalhadores, utilizando de uma série de táticas de enfrentamento contra o regime militar e capitalista.
Os estudantes tinham diante de si, grosso modo, duas grandes razões que os levavam à luta: as condições e organização do ensino e a própria ditadura. A luta contra a primeira esteve marcada na negação dos acordos entre o MEC com a USAID, órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA; e a luta contra a ditadura expressava não somente a negação da dura repressão militar, mas contra o próprio capitalismo e em defesa do socialismo.
Iniciado logo após o golpe, o Acordo MEC-USAID, que veio a publico mais ou menos em 67, previa a assessoria de técnicos estrangeiros para auxiliar o governo militar na formulação de uma nova política educacional no Brasil. Esta ação era parte do esforço de difusão ideológica e assessoria financeira e militar do imperialismo estadunidense na América Latina, desde o período pós 2ª Guerra, para fazer frente ao socialismo a nível mundial que se apresentava como alternativa ao capitalismo.
As características do Acordo MEC-USAID se expressaram, substancialmente, na Reforma Educacional de 68, que se caracterizava pela “racionalização interna”,“economia de recursos”, “aproveitamento das condições disponíveis” etc. Na prática, isto significava a criação do vestibular unificado e classificatório como resposta às manifestações dos chamados excedentes (aqueles aprovados nos vestibulares e que não eram matriculados por falta de vagas), criação de cursos superiores “enxutos” de menor duração, fim de disciplinas como Filosofia e Sociologia no ensino médio, inclusão de cursos técnicos nas escolas,incentivo ao ensino pago (ou seja, privatizado), criação das fundações privadas, enfim, tudo para deixar o ensino “rentável”, adaptado às necessidades do desenvolvimento capitalista.
Apesar de tal Reforma ter buscado dar respostas ou neutralizar as palavras de ordem das crescentes e intensas manifestações estudantis, não eram exatamente o que o ME reivindicava. No entanto, cabe ressaltar uma dupla característica do Movimento Estudantil do fim da década de 60 e inicio de 70: o classismo e a combatividade. Seu caráter classista expressava através de sua vinculação orgânica com a luta da classe trabalhadora, entendendo que os estudantes e a educação de uma forma geral devem se ligar aos interesses do povo trabalhador, e não com os interesses individualistas da “classe média” por ascensão social ou dos capitalistas.
A combatividade era expressa pelas formas e táticas de luta, onde não se buscava conciliar com o governo, mas acirrar o enfrentamento, aflorando o antagonismo. À época, eventos como as Revoluções Russa, Chinesa e Cubana, a resistência do povo do Vietnã aos ataques imperialistas dos EUA, o levante da juventude e dos trabalhadores parisienses em maio de 68, a luta dos Panteras Negras nos EUA contra o racismo, enfim, todas estas inspiraram a luta da juventude brasileira. Assim, os estudantes se utilizavam de ações diretas, seja através de greves, piquetes, passeatas com barricadas, confrontos abertos com os militares e etc. Por ser um setor de grande combatividade, os estudantes foram alvo de muita repressão. Mesmo assim, são vários os registros de milhares de estudantes nas ruas. Entendendo o caráter burguês por trás do regime militar, a luta estudantil também buscava questionar a ditadura e a sociedade capitalista. Estas são algumas das características que não devem ser esquecidas, mas retomadas na atualidade.

Entre o passado não revelado e a retomada da repressão burguesa

Neste interim, o governo Dilma (PT/PMDB) lançou a Comissão Nacional da Verdade, cujo objetivo será “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988”. A Comissão, que funcionará por apenas dois anos e terá sete membros indicados pelo executivo, se limitará a emitir um “relatório contendo (suas) atividades realizadas, os fatos examinados, as conclusões e recomendações”.Estas, por sua vez, devem respeitar a Lei de Anistia de 79 que, reforçada pela decisão do Supremo Tribunal Federal em 2010, concede perdão aos representantes do Estado acusados de tortura durante o regime militar ou outros crimes políticos. Além disso, a Comissão Nacional da Verdade não prevê publicização de documentos sigilosos, nem garante que haja punições jurídicas. Apesar destas graves limitações, ela vem sendo atacada por setores das Forças Armadas, que temem revelação e punição pelos seus crimes.
Mas tal Comissão não pretende ir às ultimas consequências, apenas neutralizar os movimentos sociais na luta pela abertura e criminalização dos torturadores, com o argumento de que se está fazendo alguma coisa. Cabe lembrar que em países como Uruguai e Argentina, que também passaram por regimes militares assessorados pelos EUA, em virtude de maiores mobilizações populares, vários agentes do Estado já foram ou estão sendo punidos pelos seus crimes. É pela punição exemplar desses assassinos e torturadores que devemos brigar. E não por uma “reconciliação nacional” que tal Comissão prevê, ação impossível entre o estado burguês assassino e a luta dos estudantes e trabalhadores contra a exploração e opressão.
Mas a repressão e criminalização das lutas não é exclusividade do regime militar. Hoje, após a redemocratização burguesa os resquicios da Ditadura Civil-Militar(1964-1989) permanecem, exemplos como a desocupação violenta pela PM da comunidade Pinheirinho (SP), as prisões dos estudantes da USP, as repressões aos movimentos de luta contra o aumento das passagens etc., nos atestam a reedição da função do aparato repressivo do Estado, mesmo sob a dita “democracia”.Outro exemplo notório ocorre em decorrência da Copa do Mundo, onde projetos de lei propostos por políticos da base aliada do governo Dilma (PT) pretendem criar novos tipos penais até então inexistentes no Código Penal brasileiro, entre eles o terrorismo. Este é classificado como “o ato de provocar terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo”, e prevê pena de no mínimo 15 e máximo 30 anos de reclusão. Mas com uma classificação tão imprecisa e genérica, qualquer passeata de rua poderá ser enquadrada nesta pena. Além disso, prevêm proibições do legítimo direito de greve dos trabalhadores, como dos serviços de hotelaria, vigilância, portos, aeroportos e daqueles que trabalham nas obras da Copa, obrigando aviso da paralização com 15 dias de antecedência, mínimo de 70% da categoria em atividade e possibilita contratação de trabalhadores substitutos, o que é proibido por lei.

Não esquecemos, nem perdoamos!

 
Entidades como UNE e UBES, combativas na época, hoje traíram os estudantes. Definitivamente, passaram a defender a vontade do governo petista e dos empresários da educação. Por não servirem mais à luta classista e independente, nosso dever é reorganizar o ME através de uma rede de oposições estudantis de base que se contraponha ao modelo de ME aparelhado pelos partidos reformistas, eleitoreiros e ligado aos interesses da burguesia.
A disputa da memória e da verdade é um campo da luta de classes. E a melhor forma de resgatar o passado daqueles que como Bergson Gurjão, Edson Luís, Honestino Guimarães e tantos outros, ousaram lutar por justiça, mas foram alvos da repressão civil-militar, é reaplicar sua ousada luta no presente. E é guiado por uma educação a serviço do povo que devemos trilhar nossa história. Como dizia Honestino Guimarães:

"Sei que a luta será longa e árdua, mas acredito firmemente na força da atuação coletiva das massas.”
“Podem nos prender, podem nos matar, mas um dia voltaremos e seremos milhões.”

terça-feira, 13 de março de 2012

4 anos sem DCE na UCSal

4 ANOS SEM DCE NA UCSAL, UMA TRISTE REALIDADE.

Neste ano de 2012, comemoramos mais um ano de uma triste realidade: São quatro anos sem DCE na Universidade. Depois do seu fechamento @s estudantes perderam muito. Seja em relação à demissão política, seja em relação à diminuição de democracia na Universidade, ou até mesmo na censura a estudantes pobres na UCSal. O DCE é uma entidade de fundamental importância para @s estudantes de qualquer instituição, mas em especial da Católica, em virtude dos quatro anos de seu fechamento. Pare se ter uma idéia do papel desta entidade, é ela quem dialoga diretamente com a reitoria e disputa a construção de uma Universidade de qualidade. Ela é a menina dos olhos para alguns oportunistas e eles já mostraram a cara. Para citarmos um exemplo da importância desta entidade, antes desses quatro anos de suspensão de suas atividades, existia o tradicional “calote”, promovido por estudantes que tinham dívidas com a Universidade e não tinha condições de pagar. O DCE era a entidade com força política na burocracia da Universidade para flexibilizar a negociação desses estudantes. Mas, em 2007 cerca de 1200 estudantes não conseguiram se matricular e pouco tempo depois foi dissolvida a gestão. Por estes dois fatos, tendo relação ou não, podemos concluir que a falta de instrumentos controladores da base para com os "representantes" (sobretudo que dê subsídio legal para a contestação, a exemplo de um estatuto) levou ao total descompromisso com @s estudantes e estes tendo que arcar com a atitude irresponsável (ou não, se pensarmos que a intenção deles era justamente mamar nas tetas do DCE e quando o leite acabar simplesmente sumir) vive um hiato político a nível do DCE por quatro anos. Não vamos deixar essa história reinventada com novos personagens acontecer novamente.

DOS CEB'S  (CONSELHOS DE ENTIDADES DE BASE) A REABERTURA DO DCE.
 
No final do primeiro semestre do ano de 2011, vários CEB's aconteceram, e a reabertura do DCE foi o tema central das discussões. Diversas propostas foram encaminhadas por nós no intuito de conscientizar a comunidade da Universidade, levando em conta o momento atual de despolitização e enfraquecimento do Movimento Estudantil da Universidade. Pensamos na necessidade de formação política d@s estudantes e só a partir deste trabalho é que se deveria reabrir o DCE.  Foi aprovada a proposta, de que a eleição do DCE, só poderia acontecer após um Seminário de Formação Política, assim como, a construção do estatuto do DCE (acredite, essa entidade tão importante não tem estatuto) e só a partir daí, ter eleição da entidade. Porém os CEB's perderam suas forças e a proposta não vingou. O desinteresse da maioria dos grupos fez com que esse objetivo se perdesse. Contudo, apareceu do nada uma convocatória de CEB nos Centros/Diretórios Acadêmicos para o dia 07 de março de 2012, com pauta única: Reabertura do DCE. Às pessoas que defendiam a proposta acima citada não participam de qualquer gestão e para o oportunismo, essa é uma chance imperdível para reabrir o DCE de qualquer forma. E isso foi provado no primeiro CEB de 2012 onde foi aprovado que os alunos da UCSAL não teriam direito a voz nos espaços cebianos (de CEB). Somente os representantes dos C.A”s e D.A.’s. Perguntamos: Sete pessoas representam mais de oito mil estudantes da UCSal? Já nos fora informado que já tem dia até para eleição. O que esperar de um DCE que impede a manifestação de estudantes em espaços de grande importância?. As eleições foram marcadas para abril, sem a participação da grande maioria d@s estudantes na construção deste processo. O que concluímos com isso? Estão correndo para abrir de qualquer jeito o DCE, sendo que os estudantes mal sabem o que é e as atribuições do DCE, além da falta de um estatuto que possa regular a ação dos representantes da base. Calando essas pessoas que fazem oposição a essa nefasta proposta de reabertura ou a outros que poderão aparecer o caminho está livre. A conseqüência? Podemos vivenciar uma nova gestão que se encerre antes do tempo, feche novamente o DCE e não saiba dar muitas explicações disso. O grande prejudicado? @s estudantes da Católica, sobretudo @ estudante pobre, que por intermédio do DCE pode ter flexibilização (de fato) da dívida. O beneficiado? A reitoria, porque não vai precisar enfrentar uma entidade de luta. E alguns indivíduos que podem retirar benesses fruto dessa conquista que é um a reabertura sem a consciência d@s estudantes.



Contato: oposição.eci@gmail.com

Reabrir o DCE da UCSal?

1 – REABRIR O DCE DA UCSAL? OXE! QUE BICHO PAPÃO É ESSE?

Em teoria, o DCE – Diretório Central dos Estudantes é a entidade representativa d@s estudantes de todos os Campis da Universidade. É um órgão sem filiação político-partidária ou religiosa, sem fins lucrativos, livre e independente de organizações públicas ou governamentais, tem como objetivo organizar e manifestar o desejo e posições políticas d@s estudantes. Tod@ estudante matriculado na UCSal é membro do DCE. Apesar da nossa realidade não demonstrar isso, o DCE é um instrumento de grande importância, o mesmo possui um papel fundamental de impulsionar as reivindicações, a organização e luta junto com @s estudantes. Para que isso aconteça, é necessário que o DCE seja um espaço democrático, ou seja, de ampla participação d@s estudantes garantindo seu direito de voz.


2 – VOCÊS SABEM O QUE É O CEB?

O CEB – Conselho de Entidades de Base é uma reunião das entidades que dialogam diretamente com a base (estudantes), que são os C.A.’s. (Centros Acadêmicos) e D.A.’s. (Diretórios Acadêmicos). É nessa reunião de C.A.'s e D.A.'s que se discutem questões de grande relevância para a comunidade estudantil, como por exemplo a reabertura do DCE. As entidades de base (C.A’s e D.A.’s) que dialogam diretamente com @s estudantes nos seus respectivos cursos. Contudo, é preciso perceber que além das dificuldades dos nossos cursos, as problemáticas as quais nos deparamos, são partes de um processo geral, que abrangem todos os cursos da Universidade.


3 - POR QUE NÃO REABRIR O DCE AGORA?

Reconhecemos à importância de um DCE na condução dos fundamentais interesses d@s estudantes da UCSal, é uma entidade que pode impulsionar @s mesm@s em prol de suas demandas. Contudo, o DCE da UCSal está há quatro anos desativado (2008 - 2012), o que ocasionou um afastamento d@s estudantes de debates políticos os quais envolvem  toda coletividade estudantil. Agora, o debate da reabertura do DCE veio à tona, porém, não da forma que deveria ser: Um debate amplo com toda comunidade estudantil na Universidade e não da forma como está sendo, fechado há um grupo de pequeno de estudantes (não passam de 10). Diante desta situação o que se deve fazer? É necessário que a abertura da entidade, seja precedida de debates aprofundados sobre a estrutura da Universidade. Estudantes da UCSal te perguntamos: O que é o DCE e o que ele realmente representa vocês? Quais os objetivos dele? Como nós estudantes podemos acompanhar e fiscalizar a sua atuação em espaços fora da Universidade? Como garantir a transparência, a independência político-partidária, e a desvinculação com qualquer órgão governista?
Essas e tantas outras questões a nosso ver precedem qualquer tentativa de reabertura do DCE UCSal. Todos esses questionamentos devem ser aprofundados e levados aos mais diversos estudantes desta instituição, por isso, torna-se impossível e anti-democrático eleições “atropeladas” e elaboradas por um grupo, que de certo, NÃO REPRESENTAM @S ESTUDANTES EM SUA GRANDE MAIORIA E SIM ELES PRÓPRIOS.



Contato: oposição.eci@gmail.com

quinta-feira, 8 de março de 2012

Programação da Semana Nacional Classista Combativa em Salvador

Dia 26/03/2012

Mesa: O Movimento Estudantil das Universidades Pagas no contexto da Educação Neoliberal: A questão da Democracia Interna na UCSal.

Alan Morais - Estudante de História da UCSal e integrante da OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente/UCSal.

Uilton Oliveira - Estudante de História da UCSal e integrante da OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente/UCSal.

Dia 27/03/2012

Mesa: O PNE Neoliberal de Dilma/PT e o Desafio dos Estudantes Combativos do Brasil.

Rafael David - Estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará/UFC e Membro da RECC - Rede Estudantil Classista e Combativa.

Dia 28/03/2012

Mesa: 28 de Março: Dia Nacional de luta dos Estudantes: Ditadura Civil-Militar em debate.

Yan Allen Santos - Graduado em História pela UCSal e integrante da OPR-CARCARA - Organização Popular Revolucionária CARCARA.
 
 
Local: Auditório da Universidade Católica do Salvador – Campus Federação 19 HORAS
 
Organização: RECC – Rede Estudantil Classista e Combativa e OECI – Oposição Estudantil Combativa e Independente.
 
Contato: oposicao.eci@gmail.com

terça-feira, 6 de março de 2012

28 de Março:Dia Nacional de Luta dos Estudantes



28 de Março:
Dia Nacional de Luta dos Estudantes

28 de Março é celebrado o Dia Nacional de Luta dos Estudantes. Esta data homenageia o secundarista Edson Luís de Lima Souto que em 1968 foi assassinado com tiros a queima roupa pela Polícia Militar, no Rio de Janeiro. Fora o primeiro estudante que tombou morto diante da ditadura. Ele participava de um ato no restaurante estudantil Calabouço, foco de grandes mobilizações, reivindicando melhorias na alimentação, diminuição no preço e o término das obras do local. A PM adentrou o restaurante metralhando indiscriminadamente, deixando vários feridos e outros mortos, como o estudante Benedito Frazão Dutra, que faleceu dias depois.

Velório de Edson Luís


O corpo de Edson Luís foi levado imediatamente pelos próprios companheiros para ser velado na Assembleia Legislativa, e depois por cerca de 50 mil pessoas para ser sepultado. Nem sua missa de 7º dia foi poupada, onde os militares voltaram a atacar os presentes na igreja da Candelária, deixando outros feridos. A morte de Edson Luís gerou comoção e revolta nacional. Organizaram-se nos meses seguintes combativas passeatas e greves gerais com milhares de pessoas em mais de 20 cidades em todo Brasil, às quais tiveram mais presos, feridos e outros mortos pela ditadura.

Em decorrência desta data, e este ano completando 44 anos de seu assassinato, a RECC todos os anos faz questão de manter viva a memória do camarada Edson Luís. E de todos aqueles que foram perseguidos, torturados ou assassinados enfrentando a sanguinária ditadura civil-militar da burguesia. Convocamos os estudantes do Brasil para celebrarem a data, realizando em suas escolas e cidades atividades entre a semana de 25 a 31 de Março. Não podemos permitir que apaguem nossa história e nossa luta, tal como assassinaram nossos camaradas. O esquecimento é a morte. A luta é a vida.


25 a 31 de Março
Semana Nacional
Classista e Combativa


Em memória e justiça aos mortos pela ditadura!
Não esquecemos nem perdoamos!
O companheiro Edson Luís vive!