quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ato contra o aumento da passagem do ônibus em Salvador

Estudantes da UCSal convocam todos os estudantes e setores do Movimento Estudantil Independente, como também toda população para um Ato contra o aumento da passagem de ônibus de Salvador.
Dia 05/06/2011
Da Praça da Piedade até a Câmara Municipal
Concentração: 13:00


Reorganizar o Movimento Estudantil Independente!
Reunião Organizativa dia 01/06/2012.
Local: Praça do Jambeiro - UCSal/Federação.
Horário: 18 horas.
Agenda:


Dia 04/06/2012 - Segunda.
Oficina de confecção de cartazes

Locais:
UNEB - 11:00
Biblioteca dos Barris: 14:00
UCSal/ Federação - 17:00 na Praça do Jambeiro. 

Dia 05/06/2012 - Terça 
Ato Contra o Aumento da Passagem
Concentração 13 horas na Praça da Piedade.
 Participe, fortaleça o Movimento Estudantil Independente!!!
 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

TESE: OPOSIÇÃO AO PARLAMENTARISMO ESTUDANTIL: RETOMAR A ORGANIZAÇÃO E A AÇÃO DIRETA


Tese ao VII Congresso de Estudantes da UFBA
OPOSIÇÃO AO PARLAMENTARISMO ESTUDANTIL: RETOMAR A ORGANIZAÇÃO E A AÇÃO DIRETA

1 - CONTRA O PARLAMENTARISMO NO MOVIMENTO ESTUDANTIL (ME)

Para iniciar uma crítica ao parlamentarismo estudantil precisamos primeiramente conceituar o seu contrario, a Ação Direta, o que obviamente iremos defender.
Durante muito tempo o termo Ação Direta recebeu uma conotação negativa, um teor pejorativo, muito similar à baderna e atos terroristas. Mas, se faz necessário desmistificar tal falácia, para entender de fato a nossa concepção, assim como o seu real sentido.
Ação direta tem relação com o protagonismo sem mediação. Aqueles que reivindicam algo irão lutar para alcançar sem intermediadores entre os requerentes e os requeridos. Um exemplo prático pode ser o de um grupo de estudantes que lutam por um restaurante universitário e ao invés de irem ao DCE para este solicitar o R.U., decidem fazer uma mobilização na reitoria, parar as aulas ou quiçá, ocupar algum setor da burocracia universitária.
Certamente, uma negociação com a pressão das mobilizações, paralisações e/ou ocupações, vai ter mais força e legitimidade para que os resultados sejam a favor de quem luta e tem consciência deles.
Sabendo disto, por que frequentemente vemos estudantes (geralmente os que ocupam cargos de direção de entidade estudantil) defenderem o parlamentarismo estudantil?
Por uma questão simples. É mais fácil fazer uma agitação nos dias próximos da eleição, e garantir seus cargos e, por conseguinte, manter um vício de delegar toda responsabilidade política aos “eleitos”, do que fazer um trabalho de ir para a base (todos nós estudantes) e chamar a responsabilidade coletiva. Alem disso, existe algo que é trivial para a Ação Direta, o contato dos que chamam para a Ação Direta com a base, algo notoriamente inexistente, se tratando de direção de entidade e base, hoje no ME, sobretudo na UFBA.
E é por esse motivo que atualmente o movimento estudantil se esconde atrás da mesma democracia burguesa que muitas vezes questiona. Abrir mão de articular a base do ME para disputar cargos, alicerçado sobre o argumento de que a atual problemática do ME tem sua centralidade num problema de direção, trás como conseqüência a impossibilidade de serem levadas a sério as propostas radicais (que tenham como propósito atingir a raiz do problema) e de ação coletiva articulada.

2 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ME DA UFBA

Uma análise contextualizada do Movimento Estudantil da UFBA tem que levar em consideração, nas condições atuais, as movimentações propriamente ditas que foram organizadas e praticadas pelos estudantes e a atuação das entidades institucionais dos estudantes - CA’s, DA’s e DCE - nestes processos de mobilização. Esta diferenciação, a priori, pode parecer para alguns, puro sectarismo uma vez que tais entidades deveriam estar em consonância com as demandas estudantis, servindo como espaço de síntese, organização e politização dos estudantes. Contudo esta função mínima das entidades não vem sendo cumprida, levando o Movimento estudantil organizado[1] nas entidades institucionais a completa falta de organicidade.
Neste começo de século o ME da UFBA demonstrou ao menos em quatro episódios (2004, 2007, 2010 e 2011) que mantêm um desejo constante para a luta. Essa indignação tem origem nas diversas reivindicações específicas de cada curso, sejam elas acadêmicas, sobre a estrutura das unidades universitárias ou sobre assistência estudantil, que refletem, no geral, o grau do descaso com os estudantes e a primazia no direcionamento dos recursos do governo da universidade. A falta de salas é uma constante que afeta todos os campis, a falta de vagas no R.U. e nas residências tem sido uma evidência gritante do fracasso do REUNI, por ser uma expansão que não garante nem o mínimo para que o estudante pobre possa permanecer na universidade.
Todas essas contradições presentes na concretude cotidiana dos estudantes se transformaram em revolta e Ação Direta consolidada nas passeatas e ocupações da Reitoria e da FAPEX como formas de pressão contra a Reitoria. Enquanto isso, o aparelhamento governista das entidades de base e do diretório não permitia que as reivindicações estudantis alcançassem as instâncias burocráticas, nem mesmo em nível de informe, quem dirá ter a capacidade de cumprir o papel básico de pressionar o governo da universidade pelas demandas estudantis.
Esta contradição presente no MEUFBA reflete, na verdade, o grave problema de organização do movimento estudantil, enquanto movimento social, onde as suas direções não dialogam com a sua base – por falta de interesse político – resultando numa deliberada desconformidade entre entidade e estudantes. Esta desconformidade auxilia o projeto governista que blinda a oposição institucional e vem sendo repetida mesmo por aqueles que se colocam como oposição ao projeto governista. O ME organizado, portanto, não consegue dialogar minimamente com os estudantes, o que resulta em processos de luta independentes.
As entidades seguem o padrão de serem levadas a reboque pela movimentação dos estudantes. Fora assim em todos os processos de mobilização da última década. Isso reflete o caráter oportunista do DCE, principalmente, que em todo momento tenta se legitimar enquanto a entidade que lidera as mobilizações depois da sua explosão. Fôra assim no movimento “Movimento R.U. a R$1,00 Já” em 2010, movimento organizado por estudantes independentes o qual foi usado como bandeira por estudantes governistas que não deram peso ao processo por privilegiarem a eleição do DCE e a picuinha interna PT/PC do B. Em 2011 também, em movimento deflagrado pelos calouros de CISO e organizado a partir dos Fóruns de São Lazáro apinhados de estudantes, o DCE governista lamentavelmente brigava com os estudantes de São Lazáro para compor a mesa e afirmar seu papel de liderança estudantil.
Tais práticas servem para demonstrar a verdadeira face do ME governista na UFBA. Ele é oportunista e desarticulador das demandas estudantis ao ter como horizonte de prática apenas o parlamentarismo estudantil. A hegemonia PT/PCdoB na direção, mesmo fajuta, do MEUFBA é um câncer na construção qualitativa da organização que precisamos ter enquanto movimento social. A prova disso é a desconfiança e falta de mobilização dos estudantes em torno dos espaços do ME. A última eleição foi completamente mal divulgada e não contou com o mínimo de debate no seio do corpo estudantil; na verdade a grande maioria dos estudantes soube das eleições apenas por causa do trabalho de “boca de urna” dos setores organizados do movimento estudantil que disputaram à gestão. O importante para o ME organizado é garantir as eleições e conquistar votos.
O protagonismo estudantil independente destes setores organizados do ME conseguiu conquistas importantes dentro da UFBA completamente alheia ao DCE. O DCE se coloca como entidade que não reflete ou sintetiza as demandas estudantis, sendo a última opção de espaço de organização quando os estudantes decidem iniciar algum processo de reivindicação. Enquanto alguns acreditam que tal posição é cômoda e que a politização estudantil não é prioridade e outros avaliam que é necessário direcionar melhor a entidade para organizar o MEUFBA, nós avaliamos que não estamos em conjuntura para demandar somente a direção das entidades. Enquanto o MEUFBA organizado busca se apropriar de espaços de representação sem nenhuma organicidade e sem inserção na base – além do pedido de voto – os estudantes continuarão alheios ao DCE e aos seus espaços de deliberação (como este congresso) organizando-se e movimentando-se independentemente.

3 - PRÍNCIPIOS

Nós acreditamos, diferente dos argumentos da pós-modernidade, que a guerra entre as classes está ai para quem quiser ver e comprovar. Cada posicionamento, ou não, que nós tomamos em nossa conduta, dentro e fora da universidade vai favorecer a um dos dois lados. Por esse motivo, nós estamos abertamente defendendo apenas um lado. Defendemos o nosso lado, daqueles que sofrem com a exploração e que se tratando de universidade, conseguiu superar as barreiras da censura de acesso à universidade ao povo pobre. Não abrimos mão de sair em defesa do povo, e isso inclui rechaçar e combater o REUNI, por aumentar a contradição na universidade, dando ao filho de trabalhador (ou ao próprio trabalhador) a entrada e negando-lhe a permanência.  Lutar por uma assistência estudantil qualificada, incluindo ampliação de bolsa permanência, para que possa absorver 100% dos alunos carentes; R.U. a 1 real. Combater o PNE proposto por Dilma, por incluir metas que só faz aprofundar o tecnicismo e o incentivo ao ensino privado. Incorporação dos terceirizados no quadro efetivo de concursados, pois entendemos que a terceirização é a mais latente forma de precarização do trabalho. Pela efetivação das e dos trabalhadores do R.U., da segurança, dos trabalhadores da limpeza.
O antigovernismo faz parte de nossas práticas, por nos colocar em um posicionamento contrário aqueles que são responsáveis por enganar o povo com medidas paliativas e reformistas. Não será com o sufrágio universal que atingiremos o poder popular, a história já nos mostrou isso, porém aqueles que insistem em fazê-lo por oportunismo ou por ingenuidade acabam enganando o povo e tirando a centralidade do necessário, que é uma reação popular a toda exploração, estes devem ser denunciados e combatidos, pelas práticas aparentemente boas, mas na essência nocivas.
Somos independentes e autônomos em relação a partidos políticos. O que não quer dizer que estamos estabelecendo um recorte ideológico. Nossa independência e autonomia tange a não depender do programa ou do financiamento de qualquer partido. São os estudantes do povo pela causa do povo dentro e fora da universidade que deverão direcionar qualquer ação


4 - PORQUE ESCREVEMOS ESTA TESE?

Nós somos estudantes independentes de partidos que atuamos dentro do Movimento estudantil sempre com a perspectiva classista e revolucionária. Avaliamos que nesta conjuntura, o ME passa por uma crise conjunta tanto de direção como de organização; o governismo que hegemoniza a UNE blindou o potencial revolucionário da juventude, tornando a entidade um mero braço do Estado, altamente burocratizada e afastada das bases. Por isso negamos a UNE enquanto entidade nacional do movimento estudantil. A ANEL não cumpre também este papel de reorganizar pelo seu caráter supraestrutural; pela avaliação equivocada de que o problema do ME é apenas de direção, não constata que a falta de organicidade dos estudantes vai muito mais além da necessidade de filiação a uma ou outra entidade.
Para tornar o ME uma força a favor da classe trabalhadora é preciso construir a identidade desta com a classe trabalhadora, entendendo que os estudantes são trabalhadores em formação. Escrevemos esta tese para criticar a atuação dos governistas e para-governistas que não atuam junto ao estudante com o mesmo afinco e dedicação que destinam as disputas de direção. Somente com a Ação Direta e a democracia de base poderemos construir um movimento estudantil com utopias concretas voltadas para um fim revolucionário de identificação entre estudantes e trabalhadores.

Reorganizar o Movimento Estudantil da UFBA pela Base!
Contra a atuação parlamentar do MEUFBA!
Todo Apoio às ações diretas dos estudantes independentes!

Assinam esta tese:

Alan Brandão de Morais – Estudante de Filosofia/UFBA.
Yan Allen Silva Santos – Estudante de Filosofia/UFBA.
OECI – Oposição Estudantil Combativa e Independente ao DCE – UCSal.
Coletivo Tempo de Luta – História/UCSal.


[1] Enquanto Movimento estudantil organizado, direcionamos nossa análise aos estudantes que estão filiados a partidos e coletivos nacionais ou locais de estudantes.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Video da Paralisação do Curso de História que contou com a solidariedade de outros cursos


Video mostra o final da paralisação das aulas do Curso de História e que contou com a solidariedade de estudantes dos Cursos de Direito, Serviço Social e Pedagogia.

Reitor, eu não me engano. O meu dinheiro vai pro Vaticano!!!

Vem, vem, vem pra luta vem, que a luta cresce!

Atividade Complementar, na UCSal eu tenho que pagar!


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Reitor coloca Camisa de força nos estudantes da UCSAL

Com a publicação do Ato Nº 0024 de 11/02/2011 que estabelece as diretrizes referentes à realização de atividades complementares da Universidade, o REItor José Carlos, inova sua gestão, introduzindo a prática da chantagem acadêmica no currículo universitário.

A exigência de que apenas certificados das atividades da UCSAL podem ser integralizados, para efeito de cumprimento da carga horária complementar exigida na conclusão do curso de graduação, é um ato imoral. Este ato desestimula a atividade acadêmica para além dos muros da universidade, restringe a nossa formação as raríssimas e rarefeitas atividades da UCSAL, que só tem o objetivo de extorquir o estudante trabalhador.

Podemos visualizar o objetivo puramente mercantil no próprio teor do ato, em específico no seu artigo 4º que enumera as modalidades válidas de atividades complementares. Dos seis incisos que compõe essa listagem, os três primeiros referem-se a matrículas em disciplinas da própria UCSAL e o inciso IV refere-se a atividades acadêmicas promovidas pela própria UCSAL – sendo todas elas pagas.  

Este ato, portanto, em nada garante a variedade acadêmica necessária para uma formação qualificada, sendo muito mais um instrumento que constrange os estudantes a pagar ainda mais caro pelo diploma, tendo em vista a obrigatoriedade das atividades complementares nos currículos das graduações.

Já realizamos um ato na Federação que demonstrou a insatisfação dos estudantes. Direito, Serviço Social, História, Filosofia, Geografia em uníssono exigiam a revogação do Ato 0024, contra as arbitrariedades da REItoria. Agora é hora de organizarmos nossa revolta coletiva numa força concentrada e fatal que atinja a intrasigência da REItoria; por isso, no mesmo dia do ato foi proposta uma agenda de mobilizações que culmine numa mobilização ampla de dois dias. Convidamos todos os estudantes insatisfeitos com os desmandos da REItoria a participarem ativamente deste processo de mobilização.


AGENDA:

Dia 15/05/2012 - Mobilização no turno matutino e noturno.

Dia 17/05/2012 - Oficina Agit-Prop. (Agitação e propaganda), confecção de faixas e cartazes. Manhã e Noite.

Dia 21/05/2012 - Protesto pela Revogação do Ato 0024 das Atividades Complementares + Assembléia. Turno Noturno.

Dia 22/05/2012 - Protesto pela Revogação do Ato 0024 das Atividades Complementares + Assembléia. Turno Matutino.

Dia 25/05/2012 - Reunião de Avaliação.
Participe, fortaleça o Movimento Estudantil Independente!!!!

Coletivo de Estudantes Mobilizadores pela Revogação do Ato 0024 – UCSal 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Agenda de Mobilizações


A I Plenária da OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente, contou com a presença de estudantes de Direito, Filosofia, História, Serviço Social, além dos integrantes da OECI.

A Plenária foi iniciada com a apresentação da OECI, seus princípios fundamentais, sua concepção de Movimento Estudantil, Classista, por entender os estudantes como fração da classe trabalhadores, colocando-se como alternativa para a reorganização do Movimento Estudantil da UCSal.

O Segundo ponto da Pauta foi um breve histórico da Conjuntura da UCSal, evidenciando a modificação da estrutura da Universidade no ano de 2009, assim como, sua influência na vida dos estudantes.

 Por fim, foi discutido Ato 0024 das atividades complementares e como os estudantes podem lutar pela revogação desta medida.

Foi encaminhada uma agenda de atividades em torno da pauta de Revogação do Ato do REItor 0024 das Atividades Complementares.

Dia 14/05/2012

Reunião organizativa da Mobilização.
Horario: 18 horas.
Local: Praça do Jambeiro.

Dia 15/05/2012

Mobilização no turno matutino e noturno.

Dia 17/05/2012

Oficina Agit-Prop (Agitação e propaganda), confecção de faixas e cartazes.
Manhã e Noite.

Dia 21/05/2012

Protesto pela Revogação do Ato 0024 das Atividades Complementares + Assembléia.
Turno Noturno.

Dia 22/05/2012

Protesto pela Revogação do Ato 0024 das Atividades Complementares + Assembléia.
Turno Matutino.

Dia 25/05/2012 - Reunião de Avaliação.

OBS: Na Assembléia após a paralisação do curso de História que se estendeu para os demais cursos essa agenda foi aprovada.

Avante!!!

Avante, Movimento Estudantil!

Avante, Movimento Estudantil!

* Escrito de autoria de Fábio Teles, estudante de História da UCSal, apoiador da OECI.

É tempo de transpor barreiras
De ecoar o grito de transformação
Levante sua bandeira de luta
Avante, Movimento Estudantil!

Erga o clamor do inconformismo
Não aceite as migalhas do reformismo
Sonhe o sonho da trincheira da resistência
Avante, Movimento Estudantil!

Combata a lei da mordaça
Ceife os podres interesses particulares
Plante a semente da coletividade
Avante, Movimento Estudantil!

Mire o arco-iris das possibilidades de mudar os rumos da nossa história
Construa os alicerces da mudança a cada aurora da vida
Não se acovarde ainda que as ideologias covardes
De homens covardes tentem nos abater



Avante, Movimento Estudantil!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

COBRIR DE SOLIDARIEDADE A OCUPAÇÃO NOVO PINHEIRINHO-DF ANTES QUE O GOVERNO PETISTA EXECUTE UM BANHO DE SANGUE

COBRIR DE SOLIDARIEDADE A OCUPAÇÃO NOVO PINHEIRINHO-DF ANTES QUE O GOVERNO PETISTA EXECUTE UM BANHO DE SANGUE


Na madrugada do dia 21 de Abril o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocupou um terreno da TERRACAP situado na cidade de Ceilândia-DF. Inicialmente contava com 300 famílias, hoje cerca de 1000 famílias já estão acampadas no local. O crescimento e o ato da ocupação se justificam pelo grande déficit habitacional na capital do país: apenas no programa habitacional do GDF, o “Morar Bem”, existem 340 mil cadastros desatendidos, ou seja, de famílias sem moradia própria. Outro motivo foi que o Governo Agnelo (PT) não cumpriu com o compromisso de auxílios-aluguel, feito após a desocupação de outra área pelo MTST em 2011. Além de que muitas famílias passam dezenas de anos na lista de moradia da CODHAB, sem absolutamente nenhum retorno.
Tal ocupação busca então cumprir o atendimento de uma necessidade da população trabalhadora pelo direito básico à moradia, que o GDF se demostra incapaz de resolver. Ao mesmo tempo, coloca em contradição a política do Governo Agnelo-Filippeli (PT-PMDB), que prefere viabilizar a construção do Setor Noroeste, cujo metro quadrado é um dos mais caros do país, enquanto milhares de famílias sequer possuem moradia, por exemplo. Ou seja: o Governo constrói casa para ricos e não atende a principal demanda habitacional, que são de famílias com renda entre 0 a 3 salários mínimos.
Para piorar, como previsto, o Governo petista entrou com pedido de reintegração de posse, determinando a saída das famílias do Novo Pinheirinho até dia 05/05. No entanto, contra-ofensivas do MTST como o bloqueio de duas rodovias em SP, e a tentativa de ocupação do Palácio do Buriti, o trancamento do Eixo Monumental e as demonstrações de resistência em Brasília fizeram a Justiça burguesa dar um pequeno “recuo”, postergando para depois do dia 20/05 a reintegração.
Em nota oficial do GDF, este afirma que “não compactua com ilegalidades e nem vai permitir invasões de áreas e prédios públicos”. Em entrevista, o Secretário Adjunto do GDF ameaça: “o ideal é que os invasores se retirem espontaneamente. Caso contrário, teremos de apoiar a reintegração de posse”. No entanto, muitas famílias não têm para onde ir caso sejam retiradas, e o movimento decidiu, corretamente, resistir.
Isto significa que o fantasma do desalojo, com a utilização da violência permanece. O Governo do PT, gestor deste Estado capitalista, defenderá a propriedade privada e não permitirá a ocupação. E para retirar as famílias que resistirão, o GDF terá que utilizar o aparato policial, realizando assim um conflito que poderá repetir a tragédia que o PSDB realizou em Pinheirinho, São José dos Campos/SP (fato que motivou o batizado do Novo Pinheirinho). Além disso, neste caso de São Paulo, a Justiça burguesa utilizou uma tática que foi derrubar, na calada da noite, uma liminar que proibia a reintegração, procedendo com o desalojo na manhã seguinte, o que pegou as famílias desprevenidas. Este mesmo fim deve ser evitado no Novo Pinheirinho.
E é por isso que se faz necessário, antes mesmo que o GDF proceda com o desalojo do Novo Pinheirinho-DF, que a ocupação seja coberta de solidariedade pelas organizações da classe trabalhadora. Comemorar a postergação da reintegração é “cantar vitória” antes do tempo. A tarefa agora deverá consistir na preparação da resistência e na articulação da solidariedade. Devemos nos precipitar aos procedimentos do Estado burguês, que dispõe da violência organizada da polícia e poderá fazer manobras na Justiça para pegar o Movimento de surpresa. Pois uma solidariedade tão somente depois dos fatos poderá significar um “ato póstumo”. 
Assim, a Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) coloca suas forças à disposição da ocupação e resistência do Novo Pinheirinho-DF, e convoca todas as organizações da classe trabalhadora a se somarem. Não nutrimos nenhum tipo de esperança no governo petista e nos seus aparelhos judiciais, policiais ou midiáticos. Temos apenas o povo em quem podemos confiar. E na auto-organização de nossa classe depositamos a esperança da vitória. Venceremos!


“Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. 
Não se deixar esmagar, não se deixar cooptar. Lutar Sempre!”
Florestan Fernandes
VIVA A OCUPAÇÃO NOVO PINHEIRO!

domingo, 6 de maio de 2012

Covinte aos estudantes para à I Plenária da OECI


I Plenária da OECI
 Oposição Estudantil Combativa e Independente

Todo estudante de graduação tem que cumprir carga horária em atividades complementares como pré-requisito para obtenção do título. Esta é uma postura salutar das IES, pois, promove e incentiva o estudante a participar de atividades que certamente proporcionam o aprimoramento da formação básica. Contudo, desde novembro de 2010, a ordem dada pela REItoria é de que apenas as atividades promovidas pela UCSal servirão para integralizar as horas complementares nos currículos dos estudantes. Proibindo assim, a livre iniciativa dos estudantes na participação de atividades fora da UCSal, visto que, para a UCSal, as atividades não terão validade. Diante disso e para suprir essa demanda o mesmo disponibilizou disciplinas complementares PAGAS. É necessário compreendermos o que está por trás desta medida arbitrária.

O REItorado de José Carlos é marcado historicamente pelas iniciativas que tornam a UCSal uma lucrativa instituição de ensino. Assim, esta medida serve para constranger os estudantes à participarem das atividades promovidas pela própria Católica;  ou pelos seus parceiros (como o CATEF). Estas atividades são poucas, são pagas e não incluem todas as atividades promovidas pelos CA’s e DA’s da UCSal, o que ocasiona uma série de problemas como a desqualificação de atividades pertinentes as diversas áreas do conhecimento e a excessiva carga de tributos em cima do estudante trabalhador. Além disso, e muito mais grave, é o constrangimento dos estudantes a se matricularem nas chamadas disciplinas complementares. Como a integralização é obrigatória e a UCSal não promove atividades que possam suprir a necessidade, somos obrigados a pagar disciplinas a mais para garantirem a formatura, o que acarreta em mais carga de tributos sobre o estudante trabalhador.


A REItoria hoje conseguiu minar toda a possibilidade de oposição aberta, institucional  e democrática dentro da UCSal. Com a cooptação dos departamentos realizada em 2009 e as falsas eleições de representação discente e docente, o REItor agora tem controle absoluto sobre todos os espaços da Universidade. Os CA’s e DA’s se tornaram espaços de representação meramente ilustrativos dentro da hipocrisia política da UCSal e o DCE, se reaberto, não poderá fazer grande oposição devido à centralização do poder e a falta de representatividade nos conselhos gerais.

Sendo assim, não há como realizar mudanças por dentro da instituição. Para mudar nossa situação de constrangimento devemos nos organizar para fazer valer a nossa postura enquanto único bloco genuinamente independente do governo da Universidade. Se a REItoria se mostra intransigente devemos agir também de forma intransigente, com ações diretas voltadas à denúncia das arbitrariedades da reitoria e garantia de soluções.

Por isso tudo, e mais ainda, convidamos todo o corpo discente da UCSal a participar da I Plenária da OECI onde discutiremos o problema das atividades complementares e as ações que tomaremos. Somente com organização podemos fazer frente aos desmandos do governo da universidade.





I Plenária OECI

Quando? 09/05/2012.

Onde? Sala de vídeo do Campus Federação, ao lado do Auditório.

Que horas? 19 horas.



Pela Revogação do Ato 0024 – Atividades Complementares.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

I Plenária da OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente




I Plénária da OECI - Oposição Estudantil Combativa e Independente.

Quando? 09 de Maio de 2012.
Onde? Sala de Video ao lado do Auditório.
Que horas? 19 horas.
 
Porque participar? Porque neste espaço iremos discutir os problemas da Universidade e propor estratégias para solucioná-los.

Participe do Movimento Estudantil Independente!!!