segunda-feira, 27 de maio de 2013
Construir o movimento estudantil classista nas faculdades e universidades pagas
Publicado no jornal AVANTE! nº 09
A juventude dos Partidos ditos radicais ou anti-governistas de esquerda, a exemplo do PSOL e PSTU, manifestam em suas teses e nos espaços em que participam o seu esforço e contribuição na luta pela melhoria das condições de existência da classe explorada. Contudo, essa abstrata luta no âmbito educacional junto à, e em prol da classe trabalhadora muito reivindicada pelos mesmos, é feita, quando ela existe, apenas dentro dos muros da Universidade pública, local notadamente ocupado pelos setores sociais mais abastados – em geral, filhos da burguesia, altos funcionários do Estado etc.
Com o aumento colossal das IES pagas - Instituições de Ensino Superior -, assim como os financiamentos do Governo Federal para a manutenção destas, os explorados através do FIES e do PROUNI, passaram a aumentar a sua entrada no meio universitário. No entanto, apesar de facilitar o ingresso, e elevar os números a serem apresentados como resultados, tais políticas não garantem a permanência destes estudantes, ocasionando assim, para os muitos que não são atingidos com a evasão, uma gigantesca dificuldade na conclusão de seus cursos. Todavia, conforme explicitado no material apresentado pelo GT de Pagas da Federação do Movimento Estudantil de História sobre Movimento Estudantil nas Faculdades e Universidades Pagas[1], atualmente coordenado pelo Coletivo Tempo de Luta/RECC, nas faculdades e universidades pagas o Movimento Estudantil é quase inexistente. Sendo assim, os coletivos dos partidos anteriormente citados, não atuam nas Instituições privadas ou se atuam, têm pouca participação nos raros espaços onde existe uma cultura política. Porém, mesmo que tivessem uma participação expressiva, não modificaria o pano de fundo da questão nem a crítica por nós manifestada em virtude da discrepância entre o número das instituições onde o Movimento Estudantil possui cultura política e onde não possuem. Partindo deste entendimento, advogamos a ideia de que a atuação destes coletivos passa bem longe da massa dos estudantes-trabalhadores – razão pela qual exageram a composição “policlassista” do ME.
Por sua composição policlassista e com concepção idêntica, sua intervenção se dá em um campo onde quem está presente majoritariamente não são os filhos de trabalhadores e/ou os próprios trabalhadores. Em meio à conjuntura de reformas curriculares, aumentos das mensalidades, evasão, inexistência de democracia interna, de assistência estudantil e de condições mínimas de estudo e trabalho, necessário de faz uma articulação entre estudantes e trabalhadores no intuito de organizar estratégias de enfrentamento as políticas impostas pelo governo e reitorias. ■
Construir a RECC: Em defesa do estudante trabalhador!!!
[1]Material construído em 2011 por Yan Allen Santos, Uilton Oliveira e Alan Morais como contribuição à FEMEH do acúmulo do GT de Pagas – Grupo de Trabalho sobre Faculdades e Universidades Pagas. Disponível em: http://femehnacional.files.wordpress.com/2011/07/contribuic3a7c3a3o-gt-de-pagas-2011.pdf
domingo, 5 de maio de 2013
Surge o Coletivo Tempo de Luta!
Surge o Coletivo Tempo de Luta!
O Coletivo Tempo de Luta se organiza fazendo frente à lógica da maioria
do movimento estudantil atual: combatendo as políticas educacionais que
precarizam cada vez mais os estudantes-proletários, em defesa de uma
leitura da história que enfatize a luta da classe trabalhadora contra a
história contada pelos de cima.
O Tempo de Luta é um coletivo
de intenção nacional, atualmente organiza estudantes da UFC, UVA e UCSAL
realizando atividades de formação e preocupando-se com o estudo de
teorias importantes à nossa luta.
A luta pela abertura dos
arquivos hoje ganha grande notoriedade quando Dilma institui uma
comissão da verdade de “mentirinha” que está claramente limitada
impedindo que possamos enterrar nossos mortos e descobrir quem os
assassinaram.
Sofremos também com o aprofundamento da
precarização da educação pública o que reflete no ascenso das
universidades pagas em detrimento das públicas. Estas primeiras recebem
financiamento público através do PROUNI e FIES que repassa verba pública
para as universidades privadas, verbas que poderiam ser utilizadas para
garantir um maior número de vagas e estrutura na universidade pública.
Esse quadro de precarização iniciou com o governo Collor aprofundando-se
com os governos FHC, LULA e DILMA.
Temos o problema da não
regulamentação da profissão de historiador e um profundo debate a ser
feito com os estudantes de história e com a FEMEH sobre o caráter da
regulamentação, para que esta não segregue a classe ao invés de
unificá-la.
Assim, entendemos que a Rede Estudantil Classista e
Combativa (RECC) apresenta em seus documentos elementos que contribuem
para a luta nos marcos que a apresentamos e, portanto solicitamos
filiação a Rede, para que possamos engrossar as fileiras dos
estudantes-proletários fazendo avançar a luta estudantil pela base,
cerrando os punhos contra o sectarismo e contra o governismo, em defesa
de uma história a serviço do povo.
Construir a unidade da classe trabalhadora!
Por uma História do povo que combata as políticas educacionais neoliberais!
http://coletivotempodeluta.wordpress.com/2012/09/30/surge-o-coletivo-tempo-de-luta/
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